Uma Santa dos pobres e das jovens mulheres
Li uma pequena história da vida de Santa Joaquina de Vedruna. Descobri que ela nasceu numa família relativamente abastada, pertencente à nobreza espanhola. Casou-se com um advogado de nome Teodoro, em 1799. Com ele teve nove filhos. Seu casamento durou um pouco menos que 20 anos... Ficando viúva de seu amado Teodoro, dedicou-se, ainda mais, à prática da caridade entre os pobres e à acolhida de mulheres jovens. Um padre capuchinho sugeriu à Joaquina que fundasse uma congregação religiosa, voltada à educação e à caridade. O bispo de Vic, onde morava, sugeriu que a Congregação buscasse inspiração na espiritualidade Carmelita... Assim, em 26 de fevereiro, a viúva Joaquina e mais outras oito mulheres fizeram seus compromissos ou votos religiosos (obediência, pobreza e castidade). Faleceu em Barcelona, aos 71 anos, no dia 28 de agosto de 1854, atingida por uma paralisia, durante a pandemia de cólera.
Em 1959, o Papa João 23 colocou Joaquina entre as santas e os santos católicos. Ao oficializá-la como santa católica, João 23 disse: “Mãe de nove filhos, converteu-se na mãe de numerosos pobres”. É considerada uma das padroeiras das vítimas de abusos, das viúvas e dos exilados. Seu corpo é um dos vários corpos que está incorrupto, exposto no Escorial de Vic, Espanha.
O que Santa Joaquina nos ensina?
Ensina-nos, em primeiro lugar, que a opção preferencial pelos pobres é uma das marcas registradas da cristã e do cristão. Depois, lembra-nos da necessária defesa de todas as pessoas que sofrem qualquer tipo de abuso, especialmente as meninas e os meninos menores abusados, infelizmente, em grande parte, por seus próprios familiares... Santa Joaquina ensina-nos a buscar caminhos novos para a educação que liberta e promove a vida e a dignidade de cada ser humano. Por fim, nossa Santa ilumina a vida de tantas e tantas mulheres que vivem sós, especialmente as jovens e as viúvas, para que assumam, corajosamente, seu lugar insubstituível na comunidade.
padre Júlio