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O Sacramento da Unção dos Enfermos

O Sacramento da Unção dos Enfermos

 

CATEQUESE

 

SACRAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA

 

Batismo – Eucaristia – Crisma – Confissão – Matrimônio – Ordem – Unção dos Enfermos

 

UNÇÃO DOS ENFERMOS

 

Cristo o melhor remédio

 

A compaixão de Cristo para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos de toda a espécie são um sinal claro de que Deus visitou o seu povo e de que o Reino de Deus está próximo. Jesus tem poder não somente para curar, mas também para perdoar os pecados: veio curar o homem na sua totalidade, alma e corpo: é o médico de que os doentes precisam. A sua compaixão para com todos os que sofrem vai ao ponto de identificar-Se com eles: “Estive doente e visitastes-Me” (Mt 25, 36). O seu amor de predileção para com os enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção particular dos cristãos para aqueles que sofrem no corpo ou na alma. Ele está na origem de incansáveis esforços para os aliviar.

Frequentemente, Jesus pede aos doentes que acreditem. Serve-se de sinais para curar: saliva e imposição das mãos, lodo e lavagem. Por seu lado, os doentes procuram tocar-Lhe, “porque saía d’Ele uma força que a todos curava” (Lc 6, 19). Por isso, nos sacramentos, Cristo continua a tocar-nos para nos curar.

Comovido por tanto sofrimento, Cristo não só Se deixa tocar pelos doentes, como também faz suas as misérias deles: “Tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt 8, 17). Ele não curou todos os doentes. As curas que fazia eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e sobre a morte, mediante a sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal e tirou “o pecado do mundo” (Jo 1, 29), do qual a doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz. Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.

 

Curar os enfermos

 

A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: “Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor” (Tg 5,14-15).

Dessa forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel que começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou, então, no caso doutra enfermidade grave.

A celebração desse sacramento, se possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. A celebração desse sacramento consiste essencialmente na unção com óleo benzido, se possível, pelo bispo, na fronte e nas mãos do enfermo (no rito romano ou também noutras partes do corpo segundo outros ritos), acompanhada da oração do sacerdote, que implora a graça especial desse sacramento. Ele só pode ser administrado pelos sacerdotes (bispos ou presbíteros).

 

Perdão dos pecados

 

Esse sacramento confere uma graça especial que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem e também o perdão dos pecados, se ele não puder se confessar. Consente, por vezes, se for à vontade de Deus, também a recuperação da saúde física do fiel. Em todo caso, essa unção prepara o enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe consolação, paz, força e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento; tendo em vista que o Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores.

Muitos doentes têm medo desse sacramento e adiam-no para o fim, porque pensam se tratar de uma espécie de “sentença de morte”. No entanto, é o contrário disso: a unção dos enfermos é uma espécie de “seguro de vida”. Quem, como cristão, acompanha um enfermo deve libertá-lo desse falso temor. A maior parte das pessoas que está em risco de vida tem a intuição de que nada mais é importante nesse momento do que a confiança imediata e incondicional Àquele que superou a morte e é a própria vida: Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

 

Como deve ser administrada a Unção dos Enfermos

 

O Sacerdote unge o doente com o óleo dos enfermos que é a matéria do Sacramento da Unção dos Enfermos. Esta unção deve ser feita seis vezes: nos olhos, nas narinas, nos ouvidos, na boca, nas mãos e nos pés. Para cada unção o Padre repete a forma do Sacramento da Unção dos Enfermos. Temos então:

Matéria: o óleo dos enfermos - é um dos óleos consagrados pelo Bispo na Quinta-feira Santa, na Missa Crismal (assim chamada por causa da benção dos óleos). Deve ser obrigatoriamente de oliveira, ou seja, azeite doce.

Forma: O sacerdote unge a pessoa na fronte e nas mãos, com o óleo devidamente benzido, dizendo uma só vez: “Por esta santa Unção e pela sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a Graça do Espírito Santo; para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade alivie os teus sofrimentos. Amém”. “Com a sagrada Unção dos Enfermos e a oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor Sofredor e Glorificado, para que Ele os alivie e salve, e exorta-os a unirem-se livremente à Paixão e Morte de Cristo, e a contribuírem assim para o bem do Povo de Deus” (CIC §1499).

 

Um pouco mais sobre a Unção dos Enfermos!

 

São Marcos diz que os apóstolos, realizando a missão que o Senhor lhes ordenara, “expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo” (Mc 6,13). 

Cristo está perto de nós. Durante toda a nossa vida nos acompanham os sinais do seu amor. Ele se lembra de uma maneira especial dos seus amigos prediletos, dos doentes. Para eles, instituiu um sacramento próprio: o Sacramento da Unção dos Enfermos. Neste sacramento, Cristo se encontra com os enfermos e lhe traz conforto nas dores da doença, alimenta a esperança e lhe perdoa os pecados.

 

Quem deve receber este Sacramento?

 

Durante muito tempo este sacramento foi considerado como o sacramento dos moribundos. Por isto foi chamado extrema ou última unção. Era considerado prenúncio da morte ou bilhete de ingresso no céu. Este sacramento tem mais o sentido de confortar o doente, daí, cada cristão que se encontra em doença grave ou já está numa idade avançada pode e deve recebê-lo. Pode ser administrado antes de uma cirurgia, ou, mesmo antes de ir para o hospital. Hoje também existe a possibilidade de administrar este sacramento a vários doentes ao mesmo tempo e durante a santa missa. Assim a oração da comunidade reunida dá ajuda aos doentes pelas suas preces a suportar com paciência e conformidade as dores da doença. Isso expressa bem claro o sentido do sacramento: nem temer ou supor a iminência da morte, mas criar nova força, nova alegria no Senhor para suportar tudo que é pesado e difícil para o homem doente.

 

Quais são os efeitos do Sacramento dos enfermos?

 

Os efeitos deste sacramento são indicados na carta de (Tg 5,14-15).

Cristo está perto do doente, ajuda-o para ele não perder a confiança e se desesperar. A presença de Cristo leva o doente a aceitar a dor com paciência e coragem. Cristo está perto do doente para confortar e perdoar-lhe os pecados, quando este já não se pode confessar. Ainda que sejam pecados graves serão perdoados se tiver tido verdadeira contrição no coração.

 

Como devemos ajudar uma pessoa na hora de sua morte?

 

Está determinado aos homens que morram uma só vez e depois logo em seguida vem o juízo (Hb 9,27). Disse o bom ladrão: lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Ainda hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,42-43).

O momento da morte é decisivo para a sorte do homem na eternidade. Os justos, unidos a Cristo, entrarão na vida eterna, mas os maus, obstinados na iniquidade e separados de Cristo pelo pecado grave, irão para o fogo eterno. O bom ladrão, depois de uma vida de crimes arrependeu-se na última hora das suas obras iníquas, alcançou o perdão e se salvou. De nossa parte, devemos fazer tudo para que um moribundo tenha uma morte cristã, que morra arrependido dos pecados, na paz do Senhor. Nesta ocasião é nosso primeiro e grave dever chamar o sacerdote para administrar os sacramentos da Igreja. Se isto não for possível, preparemos a pessoa para a morte. Falar ao moribundo nesta hora com franqueza sobre o estado grave de sua vida não é falta de prudência e delicadeza, mas é máxima caridade. Uma caridade mal compreendida nesta hora poderia ser de graves consequências para a pessoa na eternidade. Procuremos despertar no seu coração sentimentos de arrependimento dos seus pecados, rezando com ele o ato de contrição. Entreguemos-lhe nas mãos não uma vela, mas um crucifixo para ele beijá-lo com coração contrito, dizendo com profunda devoção: meu Jesus misericórdia, meu Jesus misericórdia.

 

Quem morrer com coração contrito será salvo, pois um coração contrito e humilde o Senhor Deus não desprezará.

 

Claudecir de Oliveira Souza – kal

 


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