Nós cristãos recebemos uma força única e extraordinária, que nos possibilita percorrer os caminhos de Jesus na história que hoje fazemos. Esta força é uma pessoa divina. Esta pessoa chama-se Espírito Santo, uma das três da Santíssima Trindade.
É o Espírito Santo a “alma” da Igreja e do mundo. Ele anima; impulsiona; cria e recria; vitaliza pessoas e estruturas; abre frentes; transforma; oferece dons e carismas; congrega os dispersos; cria comunhão entre diferentes... Sem ele a Igreja não passaria de uma organização muito frágil e a o mundo retornaria àquele caos inicial.
No Livro dos Atos dos Apóstolos, o “Evangelho do Espírito Santo”, encontramos duas figuras simbólicas aplicadas à pessoa do Espírito Santo. Ele é tido como vento impetuoso e como fogo. Como vento, ele é sopro vital, é vida, é força. Como fogo ( em forma de línguas! ), ele transforma e ilumina as profundas escuridões da existência humana, queima as pragas do mal e da maldade e faz nascer a nova família humana, congregada pela união e comunhão das diversidades.
A vinda do Espírito Santo em Pentecostes desfaz a balbúrdia, a confusão de Babel e refaz a harmonia da criação, que é a obra continuada da construção do bem e da harmonia para todos e todas.
A cada Pentecostes nós cristãos somos atingidos pelo sopro vitalizador do Espírito Santo e enviados à missão de, em Cristo, lançarmos pontes entre a humanidade e o Deus revelado por Cristo, de multiplicar a linguagem da solidariedade e do amor, as novas “línguas” que toda pessoa humana entende.